sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Relacionamentos Maduros

Hoje abro espaço para uma escritora que cada vez mais tem me encantado, não só com a forma como ela escreve, mas sim com alguns pensamentos que ela têm sobre diversos assuntos, muitos bem parecidos com os meus.
E sem querer querendo, ela acabou fazendo uma homenagem a mim, a pessoa no qual o tempo me transformou e me transforma a cada dia que passa, ou seja, um cara mais maduro e mais cheio de vida. A única diferença é que na crônica dela, o Mateus dela é sem o H, e como o blog é meu, coloquei o H no Mateus dela, afinal, Matheus com H é totalmente mais bonito, mais elegante, mais charmoso, Matheus sem H é Mateus chinelo, sem ânimo, sem graça, "de pobre" mesmo.
Então abaixo segue a crônica dela, umas das diversas ótimas crônicas que li no seu livro, Trem Bala, no qual o nome segue no título dessa postagem:

" Relacionamentos Maduros

Sua amiga telefona avisando que, depois de uma longa estiagem, voltou a chover na sua horta: está namorando. Quem? quem?, você pergunta curiosa. Descobre que ele se chama MatHeus, um cara sensacional que não sente um pingo de ciúmes dela, que a incentiva a sair sozinha com as amigas e que acredita que a independência é o elixir da felicidade. Enfim, um relacionamento maduro. Você então deseja que eles sejam felizes, que amem-se muito, que sigam preservando sua individualidade e que a relação progrida dentro desse clima de respeito e confiança.
Ao desligar, se sente a mais infantil das criaturas. Momentos antes de falar com sua amiga, você estava à beira de um ataque de nervos porque seu namorado disse que não iria passar na sua casa, estava exausto. O que isto significa? Num relacionamento maduro, significa que ele está mesmo exausto e que os dois podem muito bem ficar sem se verem uma noite. Mas para ela, é a prova de que ele não a ama mais, que está desinteressado, ou armando alguma. Você é assim: sofre por ficar cinco minutos longe de quem gosta. Você não está preparada para um relacionamento maduro......Em relacionamentos maduros, cada um reivindica o seu espaço. Em relacionamentos maduros, o esquecimento de uma data importante não é motivo para briga, elogiar a beldade que entrou no restaurante é uma coisa natural e conviver com ex-namorados é civilizado. Em relacionamentos maduros, ninguém inspeciona colarinhos, fiscaliza a agenda alheia ou fica ouvindo conversas na extensão. No planeta dos maduros não se atiram vasos contra a parede.
Imagine se soubessem que você entra em surto cada vez que seu namorado cumprimenta uma fulana da época do primário, que não descansa enquanto ele não diz onde esteve e com quem, que se sente incomodada até quando ele tira uma prima pra dançar. O que pensariam se soubessem que você desconfia quando liga para o escritório e ele não está, que você costuma dar uma geral no porta-luvas do carro em busca das provas de uma suposta traição e que bisbilhoteia o canhoto do talão de cheques dele? Que diriam se soubessem que você adora que ele proíba seus decotes e que já o procurou no Instituto Médico Legal por causa de um atraso de 25 minutos? Relacionamentos maduros. Podem não ser animados, mas dão muito menos trabalho".
(Martha Medeiros)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Depressão pós feriado





O feriado recém passou e eu já me encontro com saudade dele. Sei que faz poucas horas que eu saí de Pelotas, é verdade, mas nunca vi como mexeu tanto comigo. Não sei, ainda me sinto embriagado com esse excepcional feriado, aquela adrenalina de prazer ainda corre em minhas veias e eu não consigo controlar tudo ainda. Realmente é fascinante como poucos dias fora de casa poderiam me levar a rever conceitos, idéias de vida, sei lá mais o que... Parece que eu tirei umas férias, estando lá em Pelotas, não consegui pensar em nada, nenhum problema daqui, nada nada nada, aproveitei cada segundinho, tentei tirar proveito (e claro, uma casquinha das gurias ;) ) de cada momento que lá vivi, e aqui estou eu, pensando nisso ainda, putaquepariu.

Diante de todos os débitos e créditos, da contabilidade que hoje faz parte do meu dia a dia profissional, arrumei tempo para escrever, porque não adianta, é isso tudo que está tomando conta da minha cabeça nesse exato momento. São vontades, idéias, imaginações, enfim, até tenho idéia do que possa ser, mas prefiro deixar isso oculto dentro de mim, do que sair falando coisas de que posso me arrepender, mesmo estando praticamente convicto de que não iria me arrepender.

Mas eu me conheço e não conseguiria guardar isso pra mim. Tenho medo de altura, sou meio cagão para certos tipos de brinquedos perigosos, mas dentro de mim tem um lado aventureiro que faz o meu coração pulsar mais forte, que faz minha cabeça pensar alto e longe, que faz meu peito se encher de ar e suspirar com vontade, que me faz sonhar acordado. A impulsividade sempre andou lado a lado comigo, sempre mesmo, nunca largou de mim, mas ultimamente ela andava meio adormecida, talvez seja pelo período de estabilidade que eu me encontro, ou me encontrava, e também por realmente não ter nada de tão bom e expressivo que me fizesse ser impulsivo. Posso dizer que o ultimo ato de impulsividade que tive foi, depois de algumas cervejas ingeridas durante o período que eu fiquei ausente da merda da aula de empreendedorismo, ter a coragem de me convidar a ir visitar meus parentes em Pelotas, e no mesmo dia já começar a agilizar as coisas pra ir vê-los. Mas mesmo assim, sei que é pouco, e eu sinto falta disso, de um ato impulsividade insana, não necessariamente um grande ato, mas uma loucurinha simples, que me deixe mais felizinho, nem que seja por alguns instantes.
De um tempo pra cá comecei a me entender e a me conhecer melhor, e cada vez mais eu estou gostando do Matheus que eu não conhecia. O mais legal disso tudo realmente eu tenho esse espírito, se um dia eu encontrar algo, alguém, que me faça pensar e voar mais alto, eu vou sem medo, “tchau e benção ”pra quem fica, mas “vou embora pra Pasargada,” e não sei quando vou voltar, afinal, a vida é uma só e é pra ser vivida da melhor forma, e sinceramente, basta qualquer demonstração para eu sair correndo e partir rumo ao futuro incerto, mas não menos esperançoso e cheio de expectativas. Mas não pense que sou leviano e vulnerável, sei dar valor para o que realmente é importante, e é isso que faço nesse exato momento. Estou valorizando cada segundinho da minha vida, do meu momento atual. Momento de descobertas, de autoconhecimento, de renovação de idéias, de visões, de reencontros com pessoas mais do que especiais que sempre vão fazer parte da minha vida, enfim, um momento meu que eu tento da melhor forma possível aproveitar, curtir, compreender, aceitar, VIVER! Claro, juntamente com a racionalidade que às vezes me falta! “
Escrevi isso dia 08/09, um dia após ter voltado do fantástico feriado que tive, e ainda sinto fortes resquícios dele. Marcas que me assombram, afinal, foi só um final de semana, um feriadinho simples de um reencontro marcante, que já deixa saudades. Saudades de todos, das palhaçadas do Tio Flávio, do jeitão extrovertido da Tia Nádia, de ver o Tonho e trocar umas idéias com ele, de ver a Pâmeleca reclamando de alguma coisa com aquela cara de braba que a deixa mais linda, da Thuty e o seu jeito totalmente irreverente e Thuani de ser, ahhh, tem mais e mais coisas, de ver as ruas não asfaltas do centro (até achava que Pelotas não conhecia asfalto, mas depois, analisando tudo de uma forma geral, as ruas ficam muito mais charmosas sem aquela manta preta horrível e fedorenta, dá um ar de Europa, e da minha tão sonhada England), da cara de braba da Ju, dá risada gostosa da Fernanda ( não da risada da Fernanda gostosa, que fique bem claro!), enfim, interior tem o seu valor, por mais que eu acreditasse que fosse só interior.

Escrevo agora, na ociosidade momentânea da minha tarde do dia 10/09/09, escutando uma música melancólica, porém deliciosa de Chico Buarque, olhando a chuva que cai lá fora.Então só me resta pensar, acreditar, sonhar, enfim, todos os “ar” que de certa forma estão mexendo comigo.


Mas quer saber mesmo!?! Vai toma no cu, não nego, to louco pra voltar a Pelotas! Ahhh, não consigo ficar escondendo sentimentos ocultos! Não digo que pra morar lá, mas também não digo que não quero isso, mas quero ir mesmo pra ir, pra dançar um pagode, até mesmo pra escutar aquele sertanejo universitário chatinho, pra ver se a torcidinha do Brasil bate a do meu glorioso Internacional, enfim, é pra sair daqui porra, será que é tão ruim assim passar um feriado tão bom que o gostinho do “quero bis” não sair mais da minha boca?!
Bom, não vejo a hora de chegar sábado, rever o pessoal todo, espero que aqui seja pra eles tão bom como foi pra mim no feriado, mas acho muuuito difícil, ta louco, feriado melhor que aquele impossível, chego a ser egoísta ao dizer que ninguém vai ter um feriado melhor que o meu, sinto muito, mas essa é a verdade!

Querido blog, que serias de mim sem tu hein?! Meu melhor amigo virtual! Nunca se cansa de me escutar, e pra não me deixar triste, não fala nada, mas mesmo assim não deixa de me ajudar! Mas queria seria de mim sem o português, sem alguma linguagem que me fizesse expressar todos os meus sentimentos, duvidas, ansiedades ou qualquer outra coisa que me faça deixar triste a sonhar no mais alto sonho inalcançável.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Com gostinho de quero mais

Não sei nem por onde começar, nunca senti tanta vontade de escrever e tentar de alguma forma descrever toda a emoção que eu sinto nesse exato momento.
Primeira coisa que faço agora ao chegar em casa é escrever, não adianta, eu tava agoniado, são muitas e muitas emoções, sentimentos, vontades, ansiedades pra botar pra fora, que me desculpe a minha querida psicóloga, mas que ansiedade essa boa pra viver e sentir, pensando, sentindo como vai ser o próximo reencontro, quando vai ser, daqui a quantos dias, AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, quero voltar, pára tempo, caralho, melhor feriado do ano, com absoluta certeza.
Dou um abraço e um beijo no Taigor, entro no Fox e penso “que buceta, to indo pra casa, será que não dá pra ficar um pouquinho mais?! Só mais um pouquinho, sei lá, fechem a saída de Pelotas ... Vou ter que ganhar na Mega essa semana pra ter mais grana pra voltar...” e assim vai. Bendita hora que tive a idéia de rever meus parentes, não de sangue, mas de todo e completo coração. Não sei nem por onde começar, tá complicado, mas vou tentar. Bom, passei a minha infância toda convivendo com uma família MARAVILHOSA, os Ceroni Silveira, Tio Flávio, Tia Nádia, Pâmela, Taigor, Thuani, Vô Jurandir, Vó Juraci, Tio Cléber, Tia Simoni e com mais Piratini, Rio Grande, Arroio do Silva, Morro dos Conventos, enfim, diversos acontecimentos que levam o ser humano a criar sentimentos pelos outros, no caso, me levaram a ter sentimentos por todos eles, carinho, compaixão, alegria, e o maior de todos eles: AMOR!
Mas o tempo passa, a gente cresce, começamos a seguir caminhos diferentes, o contato não passar a ser mais freqüente, mas como disse o Tio Flávio no e-mail que me enviou:


























“Os verdadeiros amigos não precisam de regras definindo quando um tem que procurar o outro, trocar visitas, etc. A vida nos distancia fisicamente, provoca carências temporais no relacionamento, mas não afasta aquilo de bom que está nos nossos corações e nas nossas lembranças. Por isto, os verdadeiros amigos não possuem frescuras e são capazes de agir com liberdade para convocar até mesmo uma visita.”.



Depois disso não preciso dizer mais nada, e foi exatamente isso que aconteceu nesse feriado inesquecível pra mim, feriado do dia 07 de setembro de 2009, pra muitos pode ser frescura, emoção demais e exagero, mas é exagero sim, são sentimentos demasiadamente ótimos que agora tomam conta do meu cérebro, das minhas emoções e do meu coração, que só pede pra que eu não deixe esse contato divino que temos esfriar, e se depender de mim, vou escutar meu coraçãozinho com a maior atenção do mundo e vou ser eficientemente bom pra não deixar isso acontecer.


Me fui pra Pelotas, encontro o Tio Flávio e a Tia Nádia logo depois da ponte da Capital em direção a Pelotas, trocamos palavras, e aquela ansiedade do “e agora, como vai ser no caminho?! Só eu e eles, será que vai rolar assunto?! Vai ser divertido?!” e a resposta pra todos esses questionamentos: CLARO QUE SIM SEU IDIOTA, nada mudou seu tapado. TÁ TUDO COMO ERA ANTES, a Tia Nádia aquele amor de pessoa e o Tio Flávio aquela figuraça engraçadérrima de sempre, COISA BOAAAAA! O papo fluiu, o carinho aumentava a cada quilômetro rodado na estrada, e junto com isso todas aquelas memórias do passado vinham a tona e aquele Túnel do Tempo se tornava presente pra nós 3 ali no carro, junto com isso as risadas, as lembranças de tudo aquilo de gostoso que a gente viveu e que a partir daquele momento, exatamente daquele momento, voltava a ser presente nas nossas vidas (não sei na deles, mas na minha eu quero, e muito, ta louco, quero que seja uma constante agora na minha vida).
Passamos em Camaquã, vimos o Vô e a Vó, pais do Tio Flávio, e percebi que eles continuavam aquelas pessoas inigualáveis de sempre, que demais, poxa, fazia o quê, mais de 14 anos que eu não os via, e tava lá a Vó, com aquele jeitinho dela, me abraçando, me rasgando de elogios (escutem a Vó meninas, ela disse que eu sou um homem muito elegante e bonito, que iria fazer sucesso lá em Pelotas – esse recado é exclusivamente para as amigas da Pâmela e da Thuani, a Vó sabe das coisas...hauahuahauah) e o Vô sendo aquele Tio Flávio daqui uns 3 meses, hahahaha!!!


Eis que pegamos o rumo da estrada e seguimos em direção a Pelotas, daí sim o coração começou a bater mais forte e eu só pensava comigo mesmo “É agora, vou ver o pessoal, as gurias, o Taigor, eai, como será que vai ser!? O primeiro abraço, o beijo, a reação deles em me ver, que merda, só vendo pra saber”.
TCHARARARAM!!! Chegamos no apartamos, agora é a hora e não tem mais volta. Meu coração parecia que ia saltar pela boca, não sabia o que eu fazia, poxa, meus primos, eu tava vendo os meus primos de volta, depois de tanto tempo, passar um feriado inteirinho com eles, como eu desejava tudo aquilo, e GOD, Thanks a lot, it was WONDERFUL. A Thuti desce, “caraaaaaalho, a Thuani que dançava “É o tchan” tava virada naquele mulherããão?!” Que orgulho de prima! O primeiro abraço e beijo foi meio acanhado, normal pra situação, não esperava que ela saísse correndo e pulasse nos meus braços, afinal, ela já tem quase 19 né, “te liga Matheus, o tempo passou e todo mundo cresceu, inclusive tu!”. Entro no apartamento, deixo as minhas coisas no quarto lindérrimo das gurias ( soou gay isso, vai ver é o clima de Pelotas que me deixou assim...ahuahauhaa...brincadeirinhaaaa) e me encontro com a Pâmela na cozinha “a Pâmela ta com esse rosto coisa mais linda ai?! E cadê aquela guriazinha que tava sempre junto comigo aonde quer que a gente fosse?!”. Realmente o tempo passou voando e, assim como o Zezé de Camargo e Luciano, nós crescemos e ficamos bem melhores mesmo. Então surge o Taigor, “o Taaaaigor, tá louco, arrumando o AP do sogrão, aquele gurizinho beeem enjuadinho que só sabia chorar e resmungar quando era criança, agora tá virado nesse bagualão véio ai, com namorada de 5 anos e tudo mais, e bem cheinho, não é mais aquela coisa seca”. Mas tudo continua igual ao passado, não mudou nada, tudo continua na simplicidade que viveu juntamente conosco na nossa infância, e eu me sentia privilegiado em poder tá revivendo tudo isso novamente.
Depois do almoço sai com o Taigor, fui ver ele jogar tênis, e percebi que como é diferente o centro, as ruas, a estrutura da capital do estado com uma cidade grande do interior, querendo ou não, interior é interior e não tem nada igual, parece um povo mais humilde mas ao mesmo tempo mais unido, mais alegre, aqui tudo é diferente, vivemos em função de não pegar um trânsito lento e engarrafado, vivemos contra o relógio, enfim, lá era diferente, em alguns pontos muito melhor, óbvio, mas não em tudo, isso eu tenho que concordar. Mas depois de ver a exibição de tênis do Taigor ( e até que ele não é ruim, sabe jogar direitinho...hauhauahauhaua) sai com as lindas primas pra tomar um chimas no Quadrado, “mas ahhh...era isso que eu queria, voltar a viver com elas só que agora nesse exato momento que em hoje nos encontramos” e foi muito bala. Uma amiga das gurias foi junto com a gente, a Fernanda, amor de pessoa, “gente como a gente”, e lá se vamos tomar o tão esperado chimas. Muito bom, essa é a definição para aquela tarde, trocamos risadas, os assuntos foram os mais diversos possíveis, até nas próximas festas de Pelotas eu vou ir, nesse exato momento não lembro ao certo o nome da festa, só sei que vai todo mundo de ônibus porque depois todos voltam tortos, hahahaha, tem melhor festa que esse tipo!? Como esperei por aquele momento, aquela reaproximação toda, fumar aquele baseadinho coletivo com a gurizada no nosso lado, dar risadas e falar merda com as gurias, “cara, eu to vivendo com as minhas primas de novo, nada mudou, só melhorou...”. E assim como em todo o lugar, sempre tem uns engraçadinhos né, que ficaram enchendo o saco da Pâmela num exato momento não descritivo, mas a Thuani autorizou e eu xinguei aquele filhodaputa, afinal, ninguém mexe com as minhas primas.
Chegamos em casa e eu tava me mijando, e quando entro dô de cara com a Ju, namorada do Taigor, dou um beijo nela, me apresento, e saio correndo pro banheiro, minha bexiga iria estourar (desculpa se ta sendo muito detalhado, mas é que ainda to emocionado, então, se quiser, pode parar de ler agora, porque vem mais e mais detalhes...hehehe). Falando da Ju agora, moça muito gente boa, querida, simpática, (soube escolher muito bem o namorado, claro né, meu primo, oras! Hauhauahaua), assim como o Taigorti soube escolher a namorada, porque a Ju é um amor de pessoa, realmente Pelotas é demais, e mais demais mesmo era ta vivendo tudo aquilo “me apeguei muito fácil em tudo isso, porque realmente tudo aquilo era diferente, tinha uma vibe diferente, e eu me sentindo muito, mas muito feliz em estar ali naquele momento”.
Mas daí passou uns minutinhos e eu acho que ela não ficou com uma má impressão de mim, olhamos uma TV lá, vimos o ex da Pameleca no programa, nos arrumamos e “Let´s go to the party” Uhuuuuu!!! Um aquecezinho básiquinho antes de ir, umas fotinhos e um pessoal “DE QUALIDADE” saindo junto, “to sonhando ou agora a gente não brinca mais na casa abandonada e tá saindo pra noite pelotense junto?! Se eu tô dormindo, não me enche o saco, porque eu não quero acordar”. Voltas e voltas, filas e filas que, de acordo com eles, nunca existe, e é claro né, eu tava indo pra festa, todo mundo queria desfrutar da minha cia...hauhauahaua...matheusseachando.com”. “Borá Dom Felipe?! TOPO, Porque não?!”
Entramos na festa e pagodinho bombandooo, ôôô coisa boaaaa, tiro a Thuti pra dançar e assim começa a festa, bah, tá louco, festinha muito boa, pagodinho bom, bebida baratíssima, a entrada nem se fala, e sinceramente, não perde pras festas daqui, tão boa como as daqui. Conheci a Mari, amiga da Thuty, apesar das poucas palavras, pareceu ser muito legal.

A festa foi muito boa, todo mundo louco, “filho de peixe, peixinho é...ahuahauha..me diverti horrores com o Tonho, frescurada a milhão, a lá Tio Flávio e Tio Sadi :D”, e pra terminar com chave de ouro a festa, um funkzinho só pra gente dançar até o chão...hauhauahauhaa...Nota da primeira noite: 1000.
No outro dia a gurizada meio cansada depois da festa, chimarrãozinho, almoço, e as fitas bizarras e divertidíssimas de 2 famílias simples, mas muito mais especiais e com um entrosamento que chega a dar orgulho. Porra, a gente já viveu tanta coisa, tanta coisa boa junto, e temos a sorte de poder rever isso em gravações que ficaram eternas, mas que sabemos que jamais sairão mesmo é da nossa memória, e mais precisamente do nosso coração. Taigor querendo aparecer se mostrando no karatê, Thuani e Feio ainda se borrando nas fraldas, Pâmela desfilando em Xangri-lá e “Matheuszinho não, Matheuszão”, quer coisa melhor que isso?! Não tem! Simplesmente não tem. Queria poder voltar no tempo e reviver tudo isso novamente, cada segundo, cada momento que tornou e fez nascer uma amizade que perdura até hoje, uma amizade que o tempo provou que não pode ser capaz de apagar, e que a partir de agora vai voltar a ser mais presente, mais unida, mais forte e mais sincera, e que tem que ser aproveitada quando der, que distância não é nada pra quem tem carro e gasolina, que basta ter vontade para fazer as coisas acontecerem, que a ausência incontrolável do passado tenha sido para a gente seguir os nossos caminhos e que a partir de agora basta conciliar próximos encontros, a nossa reconvivência com o nosso dia a dia. Posso dizer pra vocês, também MINHA FAMÍLIA DE PELOTAS, que a chama que estava adormecida em meu coração se reacendeu, e que ela voltou a queimar cada vez mais forte e que esse calor que agora aquece fortemente o meu coração não pretende e nunca vai se apagar, falando numa linguagem mais coloquial, vocês se fuderam, agora vão ter que me ver mais e mais vezes e mais e mais seguido, aliás, tem um lugarzinho ai com vocês?! Tá louco, quero voltar, vocês são demais! Vocês vão ter que me engolir e me digerir, guela a baixo e embuchados, hahaha!

Depois Laranjal, mais fotos, óbvio, risadas, conversas. Após isso eu vi um filme com o Tio Flávio e a Tia Nádia, “Divã”, baseado no livro da minha querida escritora Martha Medeiros. Me senti vendo o filme junto com os meus pais, fiz com eles o que eu não faço com os meus pais, ver filmes, falar sobre livros, enfim, eu vi uma imagem deles que eu não vejo nos meus pais, mas que mesmo não sendo realmente os meus pais me deu um orgulho “ducaralho”, eu tava com meus pais ali, me senti realmente a vontade com eles, só faltou deitar no colo da Tia Nádia, mas foi ótimo, aquele contato, aquela coisa que acontecia no passado acontecia de novo agora, só que de forma diferente mas não menos intensa, e eu me gozada de felicidade sentindo tudo aquilo, afinal, nenhum casal de pais são perfeitos, mas a perfeição que eu não encontro nos meus pais biológicos eu encontrei e percebi nos meus pais pelotenses, e me senti em casa, aconchegavelmente em casa, e que sensação boa, sem descrição, apenas eu e o meu coração sabemos o que foi viver esse feriado em Pelotas.

Mais tarde festa, rockzinho bom, bem bom, eu gosto bastante, e toco bastantinho lá, ambiente da casa noturna onde a gente foi também muito bom, pagode, que nunca pode faltar, táxi e apartamento, ou seja, mais um dia perfeito, e eu me apaixonava por tudo aquilo, por tudo que eu tava revivendo de novo.

Conhece aquele ditado que diz que: “alegria de pobre dura pouco”?! O viado que escreveu isso tava certo. Chegou a hora de ir embora. Se tem uma coisa que eu detesto é despedida, e depois de todo esse feriado indescritível, imensurável, no qual eu vivi, depois de tantos anos sem ver aquelas pessoas maravilhosas que realmente fizeram e ainda fazem parte da minha vida, eu tinha que ir embora, QUE MEEEERDA, eu não queria. Despeço-me de todos e rumo pra casa. Nesse parágrafo eu quero tentar dizer o que eu vim pensando na volta toda pra casa, mas me perdoem se eu não conseguir passar para vocês tudo o que eu to sentindo, até mesmo depois dessas quase 3 horas escrevendo aqui, mas é que ta foda, não sei se sinto vontade de chorar, que ficar relembrando cada minutinho desse feriado, não sei, não sei mesmo...


Poucos quilômetros da saída de Pelotas eu pego e digo mais ou menos isso pro Tio Flávio e pra Tia Nádia: “Bah, eu não queria ter ido embora, bah queria só mais uns 10 diazinhos lá com vocês, aproveitando, curtindo tudo aquilo de novo...Eu detesto despedida, o feriado foi tão bom, com gostinho de quero mais, to indo embora mas com uma puta vontade de voltar, indo sem vontade de ir...Tô com uma depressão interna, uma ansiedade de saber o dia da volta, de voltar a ver todo mundo...” Pessoas da minha vida, obrigado por esse feriado, por esses diazinhos, saco mesmo, a depressão interna se torna presente agora, bah me senti horrivelmente bem com vocês todos, me senti da casa, senti uma vontade tão grande de ficar que a minha impulsividade me levou a pensar em fazer vestiba ai da UFPEL e ir morar com vocês, abdicar de coisas daqui e ir tentar a sorte ai, mas ao lado de vocês, porra, eu me senti realmente da família, tinha uma magia, uma coisa tão boa ai que eu só quero ver vocês de novo, passar mais uns feriados ai. Poxa, sonhando mais alto ainda, se o “Pequeno Réptil” me desse bola eu largava a família...hauahuahaua... Voltei apaixonado por tudo ai e a primeira coisa que disse quando cheguei em casa foi “QUERO VOLTAR! Mãe, vou me mudar pra lá, e depois me mando pra Inglaterra ou pro Canadá” A Mocréia até curtiu a idéia, até mesmo porque ela poderia me ver mais seguido em Pelotas, e ela não curte muito a idéia de eu me mudar pra outro país, ou seja, o apoio dela eu já tenho hahaha. Nunca curti interior, cidade do interior, mas esse feriado quebrou com paradigmas ou qualquer outro conceito que eu tinha. Senti uma puta inveja de não conviver naquele grupo de amigos tão sinceros e unidos como o grupo de vocês, aqui a amizade não é tão sincera e tão pura como ai, eis uma vantagem de se morar por ai, voltei pra cá sonhando com a volta, contando os dias, fazendo os cálculos de gastos financeiros, sei láááa, minha cabeça veio torrando de tanto eu pensar, essa baita ansiedade que agora toma conta de mim e que me faz suspirar mais e mais fundo, não sei, poderia ser apenas uma empolgação minha e com o passar dos dias tudo iria se amornar, mas não é, eu sinto que não é, eu voltei alucinado, não vejo a hora de chegar sábado e rever todo mundo, agora com a minha família junto, sairmos por aqui, e já ir planejamento a próxima ida para Pelotas ou a próxima volta de vocês a capital.
OBRIGADO por todos esses minutos que passei com todos, por toda a atenção, carinho demonstrado e disponibilizado, pelas risadas, pelas palhaçadas, tudo ai foi perfeito, não tenho o que tirar nem o que colocar, e, por favor, não me esqueçam, desculpa por algo, por alguma coisa que eu fiz, mas eu quero mais vocês, todos, todos todos MESMO, cada um com o seu jeitinho. Se me mandassem sair agora de casa e ir ai, eu me largava, falei isso pra Tia Nádia, eu não me prenderia aqui por causa de emprego e família ou por qualquer outro motivo, afinal, a vida é uma só e é para ser vivida, então eu largava tudo e partia rumo ao risco de largar a estabilidade que tenho aqui para tentar a felicidade, mas o legal é que eu sei que eu iria ser feliz, aquilo tudo foi muito bom, é diferente da minha amada Porto Alegre, é sim, não nego, mas não é menos charmosa, mesmo com todas as limitações. Só me diz assim “Sei lá, vem pra cá, depois a gente vê o que faz”, porraaaaaaa, sonho não!? Pegava o Fiesta e me largava, Adeus Família, mas to partindo rumo a minha felicidade. Sei que isso tudo é sonho, mas sonhos são para ser vividos, quando não se sabe, mas o sonho não surge na cabeça do nada, e Deus sabe o que faz, mesmo que muitas vezes a gente não entenda e não compreenda. Por que fui pra Pelotas?! Não sei, mas acho que foi pra ver que eu tenho uma família maravilhosa lá, que eu amo eles mesmo, que um feriado foi o bastante pra dizer que eles são importantíssimos pra mim e que eu quero eles, mais e mais, assim como um drogado precisa da droga, assim como o beija flor precisa do néctar, como o coração precisa do amor.Que lá tudo é muito bom, que realmente deixa a vontade do “quero mais”, mas agora não é hora de sonhar, e sim de fazer acontecer.
Fico por aqui, suspirando, sonhando acordando, planejando, e torcendo pra que sábado chegue e que eu veja todo mundo novamente. Termino com a música da Katy Perry, “Thinking of you”, que diz assim :

“ Comparisons are easily done
Once you've had a taste of perfection
Like an apple hanging from a tree
I picked the ripest one
I still got the seed”

Traduzindo...

“Comparações são facilmente feitas,

Uma vez que você prova a perfeição
Como uma maçã pendurada em uma árvore
Eu peguei a mais suculenta
E eu ainda tenho a sede”


OBRIGADO POR TUDO!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

E volta a aflorar...

Hoje voltei a escrever minhas poesias, não aquelas poesias dramáticas, melancólicas, mas sim uma poesia diferente. Num momento de ociosidade no serviço, desceu a inspiração em mim, e aquele meu lado poético, que estava adormecido a tempos, volta a tona, e com muita alegria e felicidade, ahhh como é bom estar bem consigo mesmo.

A poesia é simplesmente esta, nem tentem adivinhar o que é nem nada, é uma adaptação de um cara que vive um amor platônico por uma pessoa que ele mal conhece, só a conhece eletronicamente!

Ai vai a poesia, apreciem com moderação essa obra de arte =P hauahuahauhaua

"

E tu, o que acha de mim?

Eu já te acho legal
Pode parecer loucura
Mas por incrível que pareça
Eu já te acho legal

Não sei como e muito menos porquê
Mas tu aparenta ser diferente
Bonita nas fotos, bem aparente, sempre sorridente
As vezes até toma tempo da minha mente
Mas nada que a deixe quente

Só queria te conhecer
Como disse, tu me pareceu legal, interessante
Enquanto isso fico aqui, na minha mente viajante
Deixando o tempo passar, sem a pressa de algum lugar chegar

Um dia nasceu Marsilio Ficino, vulgo Platon (para os íntimos)
Um filho da puta, desgraçado
Que me levou para sua platonicidade maldita
Onde vivem os esperançados

Mas não me preocupo
"Calma Baby", disse o meu interior pra mim
Onde mal se teve início
Não tão breve haverá fim

Então tá simpática pessoa
Vou me despedindo, dando um "tchau"
Eletronicamente falar contigo é bom
Cara Amiga Virtual

Mas se tu não entendeu
Resumo pra você tudo aqui
Eu só queria te dizer, Gatinha
Que além de querer te conhecer e te achar a coisa mais lindinha
Eu posso estar afim de ti ;)
"

By Matheus Mônego Bandeira, dia 04/08/2009 :D

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Como é bom ser feliz!















Só eu sei da imensa felicidade na qual eu me encontro agora. Sabe quando tu tá em uma ótima fase na tua vida?! Hoje aquele post que escrevi alguns meses atrás não faz efeito, ahhh não, não faz MESMO.





Hoje me encontro em felicidade plena, e tudo isso se justifica simplesmente assim: FASE. Todo mundo sabe que a vida é feita de fases, tudo é fase, é momento, mas o mais interessante disso tudo é saber viver, enxergar, aprender e superar cada momento, independente se é bom ou ruim. Não nego que a uns meses atrás eu não estava numa boa, não estava mesmo, mas JAMAIS desisti de lutar por melhoras, controlei a minha ansiedade, que até hoje é minha inimiga intima, não perdi o otimismo, e lutei por melhoras, e cá estou hoje, FELIZ DA VIDA.





Anteriores motivos de tristeza hoje não faz mais parte de mim, graças a tudo aquilo que eu citei hoje. Nessas 3 ultimas semanas estou fazendo um treinamento em uma empresa muito boa de Contabilidade, no centro de Porto Alegre, MÉÉÉÉLDELS, aquilo lá é tudo. Eu fico feliz só de chegar naquela cidade, não sei se é porque nasci lá, mas Porto Alegre me deixa alegre, ahh se deixa, ele tem um clima contagiante, um ar diferente, fora as pessoas, de todos os tipos, tamanhos, formas, cores, jeitos, isso tudo mexe comigo, mexe com o meu interior, vejo uma magia por trás disso tudo, e sempre faço questão de observar cada cantinho dessa maravilhosa cidade, desde as pessoas, até os prédios. Fora os sebos, passaria horas e horas admirando cada livro lá, cada história que tem por trás de todos aqueles velhos e lindos livros.





Mas fora isso, tem mais coisas. Finalmente saiu o meu carro, depois de tentativas frustantes, cá está ele, meu MEGA SUPER POWER Fiesta 97 1.0 D.H. A.C, tá louco, realmente esperei por essa teteinha que ele é, firme, seguro, silencioso, econômico, enfim, pra mim ele é perfeito, não poderia querer coisa melhor. Faço questão de andar com orgulho nele, que me desculpem aqueles que ganharam carro do pai, mas quando a gente compra do nosso próprio bolso, ele é muito mais gostoso, ahhh, sem comparações, todo esforço, todas as economias, enfim, todo trabalho suado resumido num objeto de apreciação, MEU CARRO!





E o principal e mais importante de tudo, ESTAR BEM COMIGO MESMO! Sei que tem pessoas que tem inveja disso, eu sei, mas me desculpem os fracos e invejosos, mas nada pode estragar a minha felicidade comigo próprio, nada MESMO. Cada vez mais gosto de mim, cada vez mais me sinto alegre, feliz, e isso tudo acaba refletindo na vida, na vida profissional, emocional, pessoal, tudo. Hoje estou fazendo treinamento com pessoas alegres e competentes, na qual me inturmei de forma muito rápida e sincera, estou cada vez mais reencontrando amigos do passado, cada vez mais lidando com sentimentos, saindo com pessoas interessantíssimas, conhecendo lugares novos com companhias maravilhosas, e é o que há, A VIDA É PRA SER VIVIDA. Claro que todos temos nossos momentos de fraqueza, tristeza, mas superar isso tudo é melhor ainda. Nunca gostei tanto de mim e dei importância pra mim mesmo como faço agora, as vezes perdemos algo porque tinhamos que perder, mas é na perda que crescemos, que evoluimos, é assim que eu penso, e é assim que tudo tem acontecido comigo. Hoje a vontade de viver mais e mais pulsa tão forte nas veias que é notável. Não podia esquecer de citar familia e amigos né, sem eles meu caro, nada se consegue.





Acho que consegui colocar pra fora tudo o que eu tava sentindo, mas nem tudo, tem coisas que é melhor ser egoista e sentir sozinho, gozar daquela felicidade, daquelas conquistas, olhar pra um passado recente e ver que ele é passado, mas que te ajudou a crescer.










"Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir...."





Viva Lulu, VIVA A VIDA :D

sábado, 6 de junho de 2009

Solidão!!

Você muitas vezes já se sentiu só, abandonado, esquecido do mundo?! Pois é, não só hoje, mas em diversos dias, eu tenho me sentido assim.
Não sei, as vezes baixa uma depressão, uma tristeza, uma solidão tão interna, que me desanima, não me deixa alegre, com ânimo, com vontade de fazer as coisas...
Me pergunto porque sinto isso, mas até hoje não descobri, é uma sensação estranha, não sei definir, olho para o lado, encontro meu pai, mãe e irmão, família, olho para o outro, os amigos, onde 99% estão namorando, e dai me sinto sem chão, isolado do mundo, sem ninguém, procurando um motivo que me deixe animado, que me faça voltar a sorrir, a ser feliz, mas como diz aquela música do Wander Wildner: "eu não consigo ser alegre o tempo inteiro...", essa música resume bem o que se passa dentro de mim.
Na verdade os sintomas até presumo quais sejam, mas por serem tão pessoais, guardo eles dentro de mim. Fico naquela expectativa que algo novo aconteça, que aquela coisa vai dar aquela virada na vida, mas não vem, e a expectativa aos poucos começa a ficar mais e mais fraca, até chega o momento que tu aceita como a vida é e se entrega.
Eu ainda não me entreguei, desde o dia 18/09/2005, eu me transformei em uma pessoa otimista, aprendi a gostar da vida e de viver, mas desde os últimos acontecimentos desse ano, as reprovações nas entrevistas, o estágio em um local complicado, desilusões, enfim, pequenas coisas que acabam absorvendo muito mais de ti do que tu imagina, e dai eu fico assim, igual ao momento em que estou agora, sem ânimo, sem alegria, sem vontade.
Muitas vezes nos enganamos, achamos que somos fracos e quando vimos somos mais fortes do que nunca, muitas vezes achamos que estamos com a situação resolvida, mas quando realmente olhamos pra ela, vimos que ela ainda não se estabilizou, e se encontra presente em nosso interior.
O ser humano necessita de coisas novas, e eu não sou diferente de ninguém, muitos já escutaram essa frase "bah eu queria viajar, me mudar para outro lugar, pra começar a viver diferente, pra conhecer gente diferente...", eu sempre considerei um pensamento medroso, de não encarar o problema de frente, mas nesse exato momento eu me junto aos covardes e queria que algo desse tipo acontecesse comigo também.
Eu sou extremamente carente, e talvez isso colabore pra que eu esteja assim... Fora que um dos meus piores defeitos seja a ansiedade, sou ansioso por natureza, então aguardo ansiosamente por uma mudança na vida, por algo novo, que me desperte a alegria de viver, de sorrir, de ser feliz denovo.
Como disse, a vida é feita de fases, e a minha não é das melhores agora, mas não adianta apenas lamentar e não buscar pela felicidade, afinal, tudo que vem fácil vai fácil, e eu espero que as próximas alegrias e felicidades venham pra ficar, porque a tristeza que se alimenta de mim no momento, já está ficando bem gordinha!

E para terminar, deixo a música do Jota Quest:

"Vivemos esperando dias melhores
Dias de Paz
Dias a Mais
Dias que não deixaremos para trás

Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no Amor
Melhores na Dor
Melhores em Tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos para sempre
Vivemos esperando
Dias Melhores pra sempre
Dias Melhores pra sempre "

sábado, 18 de abril de 2009

Lá se vão os anos...















Pois é, como a vida, o destino, tudo é incerto.





Hoje estava eu arrumando umas coisas com a Mocréia, e quando vi peguei a fita da minha formatura, Formandos 2004... 2004??????? Até ontem eu tava na rua, brincando, jogando video game, indo pra escola de cabelo bagunçado, e esse ano se completam 5 anos que eu já estou formado.





Olho pra mim e faço um retrospecto de mim mesmo, e de como estou agora. Gostaria de estar muito melhor em alguns aspectos, quase me formando na faculdade, com um emprego bom, com um cargo bom, ou quem sabe jogando vôlei profissional, quase me formando no curso de Letras, mas que nada, nada disso se completou, se concretizou, mas fazer o que!? Chorar agora ou me lamentar não vai adiantar em nada, mas sinto uma dor interna, só minha, que me corrói, lá no fundinho. Olho para a minha volta e vejo pessoas em um patamar melhor que o meu, mas começamos juntos, e devidos aos tropeços da vida, da minha imaturidade, da minha falta de coragem e persistência, estou aqui, 22 anos, entre o 2° e o 3° da faculdade de Administração, sem ter viajado, sem ter um emprego bom em alguma multinacional e assim vai.





Mas sempre vejo as coisas com otimismo, afinal, tem gente muito pior que eu. Eu hoje, depois do meu acidente, aprendi a correr e buscar pelo meu melhor, SEMPRE, e hoje corro contra o tempo para isso acontecer. Consegui abrir uma poupança, com meus próprios méritos, comprei meu Ultra Mega Especial XBOX 360 :D , estou já em um nível intermediário do curso de inglês, e por ai vai...





Mas do que adianta obter coisas se a gente não evoluir como pessoa?! Ahh, dai posso dizer que evolui, e muito, concordo que a vida nos promove isso, seja com acidentes, pela perda de entes queridos, mas enfim, as coisas mudaram, eu mudei, hoje vejo claramente aonde quero chegar, por onde posso obter isso, sem passar por cima de ninguém, respeito cada um, mas sempre dando o meu melhor.





Porra, 5 anos já, 5 anos que parecem ter escorregados entre os meus dedos, cadê os recreios? Reuniões dançantes? As primeiras idas aos cabarés? As interséries? Tudo isso se foi, e sinto que devia ter aproveitado mais, aproveitado cada instante daquele, se pudesse voltar atrás teria aprendido muito mais, brincado muito mais, ficado muito mais, mas que nada, já se foi esse tempo, e agora corro novamente contra o tempo para aproveitar isso.





Mas não adianta, essa é a minha vida, é assim que me encontro agora, conversando com meu tio essa semana, ele disse que não morri naquele acidente porque ainda tenho mais coisas para viver nessa vida, e concordo com ele, mas junto a isso, me sinto como um meninão, acho que nunca serei 100% adulto, tá no meu sangue ser assim, tá dentro de mim, e diante dessa seriedade que nos cerca diariamente, procuro uma forma de voltar a ser criança e ter aquela sensação tão boa que sempre tive junto a mim...










terça-feira, 17 de março de 2009

O Poder do papel


Pois é, desde criancinha, quando eu compunha minhas primeiras poesias, sempre acreditei no poder do papel, sempre achei que tudo aquilo que era escrito com o papel e a caneta, com seus rabiscos, suas rasuras, era mais intenso, não sei se só eu sou assim, mas eu conseguia sentir toda aquela intensidade, aqueles sentimentos que foram transportados para aquela folha de papel. Nunca escrevi cartas através do computador, éééca, parecia que tudo aquilo era falso, não soava pessoal, afinal, tu demora pra escrever uma carta, até mesmo quando tem que passar a limpo, então tu dedica algumas horas da tua vida em cima daquela carta, e aquele pedaço de papel, que para alguns é apenas uma folha de papel, se torna um objeto no qual tu deposita teus sentimentos, tuas confissões, ele se torna muito especial, um objeto até mesmo sagrado.
Eu estou lendo um livro que ganhei da Camila, Diário de uma Jovem, de Anne Frank, no qual uma jovenzinha judia tem que viver escondida dos alemães em um local secreto, ela conta a Kitty, o nome dado ao seu diário, todas as emoções, instabilidades emocionais e acontecimentos vividos no seu diário, ela conta com uma emoção que dá pra se sentir, graças a quem, ao papel, ela sentia isso, e se sentia bem escrevendo, pois era uma forma de fugir de toda aquela guerra infernal, injusta e horripilante no qual ela estava vivendo.
Ontem uns tios vieram aqui em casa, dai resolvi mostrar a foto da Camila, minha amada namorada, e a foto estava dentro de uma caixa que continha todas as cartas que a Camila me mandou, nossa, foi tão bom, revivi toda a nossa história de amor por alguns segundos, mas me fez tão bem, cada toque naquelas folhas, naqueles bilhetinhos, cartas dedicadamente preparadas e caprichadas, tinha um amor tão grande naquela caixa que me fez um bem danado. Um sentimentos de nostalgia se abrigou em meu peito, como se tudo aquilo estivesse bem vivo, que todas aquelas memórias estivessem pulsando nas minhas veias, forte na minha mente, e realmente estavam, porém não estavam totalmente nítidas ou estavam adormecidas, porém retornaram para o meu dia-a-dia.
Cada vez mais estou do gostando e pegando o hábito pela leitura, já estou pensando qual será o próximo livro a ler, e grande parte disso está dedicado a Camila, ela que me incentivou cada vez mais a ler, me dedicar, e devo muito isso a ela.
Como é bom expressar os nossos sentimentos, independente da forma que for, se o mundo não fosse tão machista, que aqueles homens valentões do passado, que achavam que tudo se resolvia na base da porrada, pudessem ter escritos apenas 1 carta, acho que o mundo não seria tão cruel como é hoje.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Meus 22 aninhos!

Bah, não dá pra acreditar, todo mundo diz "depois dos 18 os anos passam num tapa...", eu sempre fiz força para não acreditar nisso, mas o pior é que é verdade!
Não me imaginava com 22 anos, até uns anos atrás eu jogava bola na rua, me quebrava andando de carrinho de lomba, e agora já sou praticamente um homem, mas ainda com o espírito jovem, daquele guri que ficava de boca aberta jogando video game, que adorava os torneios de vôlei do colégio, e agora com 22 anos, fazendo a minha vida, a minha história de luta, superação, sucesso!
Mas posso dizer que foi um dos meus melhores aniversários, entre esses 22 que eu já completei!
Antes de continuar, preciso resumir uma breve história: já faz quase 2 anos que eu namoro com a Camila, e desde lá, eu nunca consegui manter uma relação mais próxima, intima, mais por minha culpa, que sempre tive uma certa mania de perseguição e que na verdade nunca existiu! Todos sabemos que cada família tem uma jeito, mania, e eu de certa forma sempre quis agradar a família dela, mas a solução para isso tudo estava debaixo do meu nariz: era simplesmente aceitar e ser eu mesmo, não tentando agradar ninguém, querendo me passar por outra pessoa, aceitar a família da Camila do jeito que ela é, há diferenças, claro que sim, assim como todas as famílias do mundo tem a sua diferença, mas cabe a nós, humilde humanos, aceitá-las e ser feliz da forma que puder, e graças a isso tudo, eu pude aproveitar 9 dias como jamais aproveitei durante esses quase 2 anos ao lado dela!
Voltando ao meu niver....
Bom, nesse dia 18/02/2009, como falei antes, foi muito especial, especial do início ao fim! Primeiro recebi o melhor beijo da pessoa mais linda do mundo, um beijo com recheio de lindas palavras ( quer melhor presente que esse), depois meu sogrão me deu um abraço e felicidades ( e eu senti que aquele abraço foi sincero sabe, que ele realmente tava feliz junto comigo), depois a minha sogrinha ( que dispensa comentários) e o Dani, meu cunhado, que hoje se tornou meu amigo para eternidade!
O almoço foi com as pessoas mais importantes da minha vida, meu pai e minha mãe ( só o Feio que tava aqui trabalhando), foi divertido, com risadas, abraços e carinhos carinhosos! Pra quem não sabe, dia 18/09/2005, eu sofri um acidente no qual eu quase perdi a vida, então eu e o meu pai fortificamos o nosso laço de amizade, então toda data comemorativa ele sempre me dá um abraço mega apertado, com intensidade, de amigo pra amigo mesmo!
Depois voltei pro AP da Camila e cantaram novamente parabéns pra mim, agora a família dela, achei fantástico, "um estranho no lar" sendo parabenizado por todos!
Meus presentes foram: da Camila eu ganhei 1 camiseta muuuito bala e um livro muuito bom, da Anne Frank, no qual escreverei sobre ela nas próximas postagens, do Dani um jogo bala de xbox 360, dos Papis uma camiseta bem linda e dos primos uma sunga, fora as mensagens, ligações e recados no orkut!
Pois então, esse foi meu niver, pra mim vai ser inesquecível, foi diferente, e eu adoro coisas diferentes! Não recebi nenhum presente mega caro e badalado, mas de presente mesmo recebi a companhias de pessoas maravilhosas!
Obrigado Deus pela família que tenho, pela Camila e pela maravilhosa família que ela tem, obrigado pela VIDA!!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Um herói desconhecido

Bom, minha primeira publicação no meu blog, não sei se vai ficar bom ou ruim, enfim, espero conseguir expressar todas as idéias e sentimentos que tenho através desse meio virtual que me disponibiliza isso.Acordei hoje as 06:30 da manhã para levar a minha tia avó no hospital, pois ela recentemente fez uma cirurgia de catarata, chegamos lá no hospital antes das 07:00 e minha tia e minha mãe sairam de lá quase 09:00, então queria deixar a minha deixa a respeito do serviço público, que realmente esta precário, burocrático e ainda necessita de mais eficiência.Enquanto minha mãe aguardava o atendimento da minha tia, voltei para o carro e continuei a ler um livro, se não foi o melhor que já li em minha vida, chamado "Feliz Ano Velho", de Marcelo Rubens Paiva. Era um cara que estudava Engenharia Agrícola na Universidade Federal de Campinas, a Unicamp, que estava bêbado e chapado e resolveu se atirar um lago, o lago tinha meio metro de profundidade, sendo assim, ao cair, ele fratura a C5, ou seja, a quinta vértebra cervical, mas não seccionou (acredito que seccionar seria não lesionar a medula por inteiro, EU ACHO!!). Após isso, ele vai para o hospital e percebe que perdeu os movimentos dos braços e das pernas, que só consegue falar e movimentar do pescoço pra cima. A partir dai a história do livro se torna mega interessante, e com detalhe, diversas passagens do livro eu consigo trazer pra minha vida, fazendo um paralelo com o meu acidente, no qual sofri luxação na C4 e na C5, tornando muito semelhante alguns sentimentos, questionamentos, reflexões sobre uma pessoa que, depois de alguns minutos em cima de uma cama, sem saber ao certo como que vai se locomover daqui pra frente, muda o jeito de enxergar a vida.Não posso querer comparar a gravidade do acidente dele do meu, porque hoje, Graças a Deus e a mim mesmo, fiz tudo direito e consigo fazer tudo que uma pessoa "normal" consegue fazer, mas o livro questiona a questão da normalidade, o que torna uma pessoa deficiente física diferente de uma pessoa considerada normal!? A deficiência física, óbvio, mas acho que fica só por ai, mas as pessoas preconceituosas tendem a ver essas pessoas com um olhar de piedade, pena, e na verdade deveriam ter um olhar positivo, de força, pois provavelmente aquela pessoa esteve numa horrível e agora estava numa muito boa, sei disso porque andei por 3 meses com um colar cervical horrível, as pessaoas na rua me olhava como se parecesse que eu fosse um monstro, alto, seco, feio e com aquele troço no pescoço, até teve um dia que ganhei uma mochila em um sorteio, no meu curso de tec. em info, até hoje não sei se me sortiaram realmente ou se me deram a mochila por pena, se deram por pena, azar dos outros, tenho que levar alguma vantagem, pois já estava fudido mesmo.Terminei de ler o livro hoje pela manhã, no carro mesmo, mas o final do livro não foi o que era de meu esperado. Torcia enlouquecidamente para o Marcelo se recuperar, sair andando, tocando o seu violão, sair caminhando fumando o seu baseado, transando e beijando as mais diferentes gurias que ele conheceu, mas não, ele termina o livro escrevendo, caminhando em uma cadeira de rodas, escrevendo o seu livro na sua máquina de escrever elétrica. Marcelo era O CARA! Bah era um cara super descolado, inteligente pacas, teve infância difícil, perdeu o pai logo cedo, mas soube se reerguer diante das dificuldades, se mudou pra Campinas, morou em república, fez festas, dava showzinhos, participava de comissões da facul, era um cara super descolado para os anos 80, pode se dizer que era um cara um pouco mais avançado pelo ano que vivia.Admiro pessoas assim, e essas pessoas sim que acabaram se tornando realmente os meus ídolos. Muito fácil é idolatrar alguém conhecido, da mídia, que fez uma ou outra coisinha boa e já virou um símbolo nacional, acho que o Marcelo jamais seria um ídolo nacional, até mesmo porque ele só virou um paraplégico, muitas pessoas são assim, a única diferença é que ele fez um livro, devido a promessa que ele fez a um amigo, no qual perdeu. Uma história de vida de um cara que nunca desistiu de lutar, sempre teve a esperança de voltar a andar, tocar violão, mas aos poucos, foi se deparando com a sua nova realidade, e não deixou nenhum momento de ser feliz. Mesmo sem sentir, tocou seu corpo, suas pernas, seu pinto, até batia punheta (vocabulário do próprio livro), transava, enfim, não perdeu o seu charme, apenas mudou o jeito de aplicá-lo.Foi bom mesmo esse livro, obrigado Camila, sem querer, acertou em cheio no livro que disse que iria me emprestar. Aconselho a todos a ler, eu fiquei facinado. Não tenho muitas fotos de quando eu era um "quebrado", mas ler esse livro fez com que eu voltasse no tempo, há quase 4 anos atrás ( nossa, já faz tudo isso), quando me acidentei, entrei naquela UTI, e com minhas próprias forças, consegui respirar sozinho, aprendi a na marra a ser otimista, e mudei em vários aspectos, principalmente em relação a vida, a ver a vida, assim como Marcelo, hoje eu estou perfeito fisicamente (tá, eu sei que não sou uma perfeição escultural corporal) mas sei que posso fazer todo e qualquer tipo de esforço físico, mas desperto dentro de mim alguns sentimentos que estavam escondidos, sentimentos que logo descobri naquela cama de hospital durante 1 semana, assim como Marcelo, eu também olhava pro cachorro no teto, o dele tinha nome, o Chico, o meu não tinha, mas mesmo assim era um cachorro simpático.Obrigado Marcelo, sei que hoje deve ser um senhor de idade, beirando os 50 anos, mas aposto que a alma continua de um menino bobão revolucionário que só queria fumar maconha e fazer suas músicas, eu não fumo maconha e nem escrevo música, de vez enquando uma poesia e só, mas obrigado por me mostrar que a vida não é apenas a busca contínua para deixar a conta corrente cada vez mais gorda, e sim, ver que a vida é para ser vivida diante das dificuldades, e que nada tem mais valor do que a nossa família, amigos, namorada, beijos, abraços, sexo, alegrias, sorrisos.
Marcelo Rubens Paiva, TU É FODA!!